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sábado — 26/09/2020 — 21h
ASHIK KERIB

POEMADO AO VIVO POR ANTÓNIO POPPE

 

Drama – URSS, 1988, 73 min. M/14 – V.O. em Azerbaijão, Georgiano e Russo – Legendas em Inglês/ Poemado ao vivo por António Poppe

Realização: Sergei Parajanov, Dodo Abashidze · Argumento: Gia Badridze e Mikhail Lermontov · Fotografia: Albert Yavuryan · Com: Yuri Mgoyan, Sofiko Chiaureli, Ramaz Chkhikvadze

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Baseado numa história do autor russo Mikhail Lermontov, Ashik Kerib tem a textura de um antigo conto, contado e recontado antes de dormir. Kerib, pobre mas de bom coração, está apaixonado por Magul-Megeri, a formosa filha de um homem rico local. O sentimento é mútuo, mas o pai de Magul-Megeri preferia que a filha se casasse com Kurshudbek, um homem grosseiro mas rico. Ashik Kerib faz um acordo: viajará pelo mundo durante sete anos e ganhará suficiente riqueza para se tornar digno da mão de Magul-Megeri. Pela sua disposição frontal, a câmara apaga a profundidade. Consegue assim o efeito da pintura iconológica das miniaturas islâmicas, apresentando-nos as personagens como se fossem máscaras, muitas das quais podem ser vistas no museu dedicado a Parajanov em Yerevan, República da Arménia, onde também preservam todos os seus filmes, e conhecido como “A sombra dos antepassados esquecidos”. Godard dizia: “No tempo do cinema há imagens, luz e realidade. Parajanov é o principal guardião deste templo”. O filme sobre o bardo Kerib é um deleite para os sentidos, um encontro com o passado e a memória. Procura os ritos com um desfile de objectos sacros e profanos, inseridos na cultura do Azerbeijão, com um acompanhamento prodigioso pelo saz ou kopuz, instrumento musical cordofone.

1988: Prémios do Cinema Europeu: Melhor direcção de arte. 2 Nomeações    

 

 

Festival Internacional de Cinema de Istambul (1989) - Prémio Especial de Júri 

Prémios Nika (1990) – Melhor Filme