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Drama - ES, 2017, M/12, 97 min. V. O. em Catalão/Legendado em Português/English Subtitles
Realização e Argumento: Carla Simón
Fotografia: Santiago Racaj
Com: Laia Artigas, Paula Robles, Bruna Cusí, David Verdaguer, Fermí Reixach
Verão 1993, escrito e realizado por Carla Simón, estreou no Festival de Cinema de Berlim (2017), para aclamação imediata. O filme retrata Frida, uma menina de seis anos, que após a morte da sua mãe vê-se forçada a abandonar Barcelona para juntar-se à família do tio no campo. Ao sentir dificuldades em esquecer a mãe e adaptar-se à nova vida, Frida vai descobrindo o seu novo ambiente, uma antiga fazenda de pedra numa área montanhosa perto de uma densa floresta.
Com Verão 1993, a sua longa-metragem de estreia, Carla Simón consegue criar um mundo rico e vívido a partir da sua própria pré-adolescência turbulenta, embora o filme se desdobre de um modo que torna a sua natureza profundamente pessoal inconfundível.
A cinematografia e os cenários são uma fonte óbvia de prazer visual e emocional, mas é a um nível mais profundo que este filme produz o seu maior impacto. Diz muito sobre a importância da família e a forma como as crianças pequenas absorvem e vivem uma perda. Este é um filme que deixa uma marca profunda.
2017: Festival Internacional de Berlim: Melhor Primeiro Filme
2017: Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires: Melhor Realização
2018: Prémios Goya: Melhor Director, Melhor Actor Secundário, Melhor Actriz
Comédia - FR - 2018, M/12, 88 min. V. O. em Francês/Legendado em Português/English Subtitles
Realização: Judith Davis
Argumento: Judith Davis, Cécile Vargaftig
Fotografia: Emilie Noblet
Com: Judith Davis, Malik Zidi, Claire Dumas
Angèle tinha 8 anos quando o primeiro McDonalds’s abriu em Berlim Oriental. Ela não se resigna ao facto de ter nascido num tempo de cepticismo político generalizado. Angèle vem de uma família de activistas, embora a sua mãe tenha abandonado a luta política para se mudar para o campo, e a sua irmã escolheu o mundo dos negócios. Apenas o seu pai, um velho maoista com quem ela volta a viver, permaneceu fiel aos seus ideais.
Esta é a estreia como realizadora da actriz e activista Judith Davis. O filme é o resultado de 10 anos de espectáculo da peça de teatro, Tout ce qui nous reste de la revolution, c'est Simon, que, por sua vez, é uma consequência de reflexões, experiências e dúvidas político-existenciais do colectivo “L’avantage du doute”, do qual Davis faz parte.
A peça de teatro é inspirada na seguinte citação de Marguerite Duras "Para mim, a perda política é antes de tudo a perda de si (…) a perda da imprudência tanto quanto da moderação, a perda de um excesso tanto quanto a perda de uma medida, a perda da loucura, da ingenuidade (...)”
E tanto o filme quanto a peça de teatro giram em torno da questão: Ainda podemos falar sobre o sentimento revolucionário?
2018: Film Francophone D’Angoulême: Prémio do Júri
Comédia, Biografia, Crime - US, 2018, M/14, 135 min. V. O. em Inglês/Legendado em Português
Realização: Spike Lee
Argumento: Charlie Wachtel, David Rabinowitz, Kevin Willmott e Spike Lee
Fotografia: Chayse Irvin
Com: John David Washington, Adam Driver, Laura Harrier, Topher Grace, Alec Baldwin
BlacKkKlansman: O Infiltrado retrata a questão racial nos Estados Unidos no final da década de 1970. O protagonista é Ron Stallworth (John David Washington), um polícia afro-americano de Colorado Springs, que consegue infiltrar-se com sucesso na filial local do Ku Klux Klan com a ajuda de um colega judeu (Adam Driver).
Baseado no livro de memórias do próprio Stallworth, BlacKkKlansman é um filme entre o drama e a comédia em que o passado é comparado directamente com o contexto político dos Estados Unidos de 2018. Por mais que Spike Lee jogue com a mecânica da fantasia da blaxploitation, por fim não deixa ninguém com dúvidas sobre o que é real.
2018: Festival de Cannes: Grande Prémio do Júri
2019: Óscar: Melhor Argumento Adaptado
2019: Prémios BAFTA: Melhor Argumento Adaptado
2019: Prémios CinEuphoria: Melhor Filme
2019: Denver Film Critics Society: Melhor Argumento Adaptado
Drama - CO, 2019, M/14 - 125 min. V. O. em Guc, Espanhol e Inglês/Legendado em Português/English Subtitles
Realização: Cristina Gallego e Ciro Guerra
Argumento: Maria Camila Arias, Jacques Toulemonde, Cristina Gallego, Ciro Guerra
Fotografia: David Gallego
Com: Carmina Martínez, José Acosta, Natália Reyes
Situado na árida região costeira de Guajira, na Colômbia, entre um povo indígena conhecido como Wayuu, Pássaros de Verão acontece num período de vinte anos imediatamente após os anos de La Violencia - uma sangrenta guerra civil onde centenas de milhares foram mortos - e termina pouco antes do início da narcocracia dos anos 80, liderada por Pablo Escobar.
O foco no estilo de vida simples dos Wayuu, como eles são guiados por conversas com os seus antepassados mortos ou confiam na interpretação de sonhos para decidir os cursos de acção, fornece a Pássaros de Verão uma atmosfera fantasmagórica, ocasionalmente surrealista.
Cristina Gallego e Ciro Guerra exploraram a perda de culturas indígenas. Os Wayuu têm resistido ou ignorado tentativas de assimilação; os seus códigos morais, ritos, rituais e costumes permaneceram inalterados por tanto tempo, que os mais velhos se gabam de ter resistido ao império espanhol e inglês. Pássaros de Verão é fundamentalmente sobre o conflito entre a tradição e a modernidade; códigos de honra e reciprocidade destruídos pela ganância, materialismo e desconfiança.
2018: Cairo International Film Festival: Melhor Argumento
2018: Chicago International Film Festival: Melhor Direcção de Arte, Melhor Fotografia
2018: Festival de Havana: Melhor Filme
2018: London Film Festival: Melhor Filme - Menção Honrosa
Drama - BE/NL- 2018, M/14, 109 min. V. O. em Francês e Flamengo/Legendado em Português/English Subtitles
Realização: Lukas Dhont
Argumento: Lukas Dhont, Angelo Tijssens
Fotografia: Frank van den Eeden
Com: Victor Polster, Arieh Worthalter, Oliver Bodart
“I don’t want to be an ‘example’ – I want to be a girl”, responde Lara a seu pai, quando este a felicita pelo seu comportamento exemplar. Lara, uma jovem transgénero de 15 anos que aspira a ser uma bailarina profissional, muda-se com o seu pai e irmão pequeno para frequentar uma academia de ballet de renome. Encontra-se num momento crítico: em plena puberdade, a prova na mais prestigiada escola de ballet na Bélgica e em pleno tratamento hormonal.
Em 2009, Dhont leu um artigo de jornal sobre Nora Monsecour, uma bailarina belga transgénero. De imediato o jovem realizador propôs-lhe realizar um documentário sobre a sua vida, mas ela recusou. No entanto, Monsecour esteve muito envolvida no casting e rodagem do filme.
Girl, “Câmera de Ouro” no Festival de Cannes em 2018, é a primeira longa-metragem de Lukas Dhont, culminação das suas 3 curta-metragens anteriores sobre histórias de jovens em crise. É também a descoberta do talentoso Víctor Polster como actor.
2018: Festival de Cannes: “Un Certain Regard” - Prémio Melhor Actor Victor Polster
2018: Festival de Cannes: Prémio FIPRESCI
2018: Festival de Cannes: Câmera de Ouro - Lukas Dhont
2018: European Film Awards: Melhor Descoberta Europeia
JUNHO, 29 e 30, Sábado e Domingo, 10h - 18h (14 horas)
Convento do Carmo, Tavira
95€ por participante (80 €, até aos 25 anos e sócios do cineclube de Tavira)
Contactos:
cineclubetavira@gmail.com
Durante dois dias intensivos, Miguel Clara Vasconcelos convida os participantes a
apresentarem as suas ideias, sinopses ou guiões de curta-metragem. Através da
discussão em grupo focada em cada projeto, iremos explorar as soluções mais criativas,
permitindo a cada autor superar obstáculos de escrita, de realização e de produção.
Esta oficina destina-se a argumentistas e realizadores emergentes ou já estabelecidos, a
estudantes de cinema e de artes, a cinéfilos interessados em debater o processo criativo.
O debate será desenvolvido em português ou em inglês consoante a natureza de cada
projeto e a preferência dos participantes.
Miguel Clara Vasconcelos
Cineasta e escritor, nasceu em Lisboa (1971). Mestrado em Estudos Cinematográficos,
Sorbonne Nouvelle, Paris, 2012. Estudou Línguas e Literaturas Clássicas e Portuguesa
nas Faculdades de Letras da Universidade de Lisboa e Universidade de Coimbra, 1996 –
2000. Pós-graduação em Arte e Novas Tecnologias, Universidad Europea de Madrid,
2003. Participa no curso para realizadores/escritores profissionais AdaptLab, integrado no
Torino Film Lab (MEDIA/EU). Participa no curso Directing Theatre, Live Art and
Installation, com a companhia Third Angel (Reino Unido), Programa Gulbenkian
Criatividade e Criação Artística, Lisboa, 2004. Participa no curso de Pesquisa e Criação
Coreográfica, Fórum Dança, Lisboa, 2002. Bolseiro “Jovens Criadores” do Centro
Nacional de Cultura, desenvolve estudos em Performance, Cenografia e Instalação,
Facultad de Bellas Artes, Universidad Politécnica de Valencia (Espanha), 2001 – 02.
Escreveu e realizou os filmes “Circo do Amor” (Prémio Sub-Ti, Turim, 2018), “Encontro
Silencioso” (Melhor Longa-metragem portuguesa, Indielisboa, 2017) e “Triângulo
Dourado” (Melhor Curta-metragem portuguesa, Curtas de Vila do Conde, 2014). No
campo da escrita de argumento, “Às Vezes Não Sou Eu Quem Fala por Mim”, argumento
de longa-metragem é premiado com o 3º lugar de Guiões - Festival do Roteiro de Língua
Portuguesa, Lisboa, 2018. “Le cirque de l'amour”, argumento de curta-metragem, recebe o
prémio Beaumarchais-SACD, Festival Internacional de Cinema Travelling, Rennes
(França), 2014.
Filme mudo musicado ao vivo por Vítor Rua + concerto com projecções dos Daltonic Brothers
Comédia, Drama - Portugal, 2011, 22 min. Filme Mudo/ Silent Movie
Realização: Paulo Abreu · Argumento: Paulo Abreu · Fotografia: Paulo Abreu · Com: Pedro Bastos, André Gil Mata, Frederico Lobo, Jorge Quintela
Parado no tempo, um trio de personagens pré-históricos habita ao redor de uma anta. Um deles, hiperativo, tenta despertar emoções aos seus companheiros, através de invenções e obras de arte. Um estranho objeto em osso, que reenquadra a realidade, vai despoletar a cobiça e a inveja entre eles.
Alegoria em Super 8, sobre Portugal e o comportamento colectivo do seu povo.
Extensão Indielisboa 2019
Guaxuma
Animação - França, Brasil - 2018, 14 min.
Realização e Argumento: Nara Normande
Prémios Turismo de Macau
The Girl With Two Heads
Ficção - UK - 2019, 13 min.
Realização e Argumento: Betzabé Garcia > Fotografia: Alana Mejia Gonzalez > Com: Emily Allen, Michele Belgrand, Monique Etienne, Jack Silver
Prémios Turismo de Macau
Les Arcs European Film Festival - Prémio para melhor curta-metragem
Festival Internacional de Cinema San Sebastián - Prémio Orona para curta-metragem mais inovadora
Swatted
Documentário - França - 2018, 21 min.
Realização e Argumento: Ismaël Joffroy Chandoutis > Fotografia: Ismaël Joffroy Chandoutis > Com: Sean Goldring, Marie Rosic
Prémios Turismo de Macau
Sete Anos em Maio
Documentário, Ficção - BRA, ARG - 2019, 42 min.
Realização: Affonso Uchôa
Extensão IndieLisboa 2019
Documentário, Portugal - 2019, 65 min. V.O em Português/ English Subtitles
Realização e Argumento: Rita Maia, Vasco Viana · Fotografia: Vasco Viana · Som: Rita Maia
A dupla portuguesa Rita Maia e Vasco Viana apresenta, em estreia mundial, “Batida de Lisboa”, uma viagem pelos subúrbios da capital. Neste documentário cheio de ginga, os realizadores dão-nos a conhecer a vida de uma série de músicos que vivem numa cidade com complexas lutas de identidade e que nem sempre lhes dá o devido reconhecimento. Aqui encontram-se diferentes gerações e origens, de Angola a São Tomé, de Cabo Verde à Guiné Bissau, representadas por antigos músicos de renome e jovens produtores cheios de energia.
IndieLisboa 2019: Prémio Melhor Filme IndieMusic
Filme mudo musicado ao vivo por “Shaolines del Amor” (Tomás Tello & Rául Gómez)
Documentário, DK - 1922, 105 min. Filme mudo/ English Intertitles
Realização e Argumento: Benjamin Christensen · Fotografia: Johan Ankerstjerne · Com: Benjamin Christensen, Elisabeth Christensen, Maren Pedersen, Clara Pontoppidan
Häxan (título em português: Häxan - A Feitiçaria Através dos Tempos ou A Feitiçaria Através dos Tempos) é um filme mudo sueco-dinamarquês de 1922 escrito e dirigido por Benjamin Christensen. Baseado parcialmente no estudo de Christensen do Malleus Maleficarum, um guia alemão do século XV para inquisidores, Häxan é um estudo de como a superstição e a incompreensão de doenças e doença mental poderiam levar para a histeria das caças às bruxas.[1] O filme foi feito como um documentário mas contêm sequências dramatizadas que são comparáveis para filmes de horror. Nesta versão contamos com o narrador William S. Burroughs !!