Logo FICLO

Arquivo

terça — 31/07/2018
Insyriated

Drama – FR/BE/LB, 2017 – M/16 – 87 min. V.O. Árabe / English Subtitles / Legendado em Português 

Realização e Argumento: Philippe Van Leeuw · Fotografia: Virginie Surdej · Com: Hiam Abbass,  Diamand Bou Abboud,  Juliette Navis.

na_siria.jpg

No interior de um apartamento em Damasco, uma família de classe média vive com medo da ameaça exterior. A esta família, junta-se uma das vizinhas com um filho recém-nascido e o seu marido. A saída à rua deste último será o dispositivo narrativo da história, que se vai desenrolando sobre uma fingida quotidianidade das acções. A personagem interpretada por Hiam Abbas reforça o poder feminino construindo um refúgio em sua casa para manter a salvo os que puder proteger. Na Síria, do realizador belga Philippe Van Leeuw, não é um relato sobre a guerra, nem sobre o conflito sírio em particular, em nenhum momento mostra a crueldade de forma explícita, está antes mais interessado em retratar as atitudes e implicações humanas perante a guerra. Poderia tratar-se perfeitamente de qualquer outro lugar. O filme parece plasmar na perfeição a frase «O mundo está à minha volta e não em frente», do filósofo Merleau-Ponty. A resposta de por que todas as suas personagens estão encerradas encontra-se no exterior; um exterior invisível para nós, onde o som assume um lugar fundamental na história. Um filme verdadeiramente cativante!

2017

- Festival de Berlim

Prémio do Público (Secção Panorama)

- Copenhagen Film Festivals

Prémio do Público Politikens

- Festival de Sevilha

Grande Prémio do Público

segunda — 30/07/2018
O Quadrado

Comédia dramática – SE/FR/DE/DK, 2017, 142 min. – M/14 – V.O. em Sueco / English Subtitles / Legendado em Português

Realização e Argumento: Ruben Östlund · Fotografia: Fredrik Wenzel · Com: Claes Bang, Elisabeth Moss, Dominic West

the_square.jpg

Somos conscientes e coerentes com as nossas acções quando falamos e invocamos os ideais de igualdade e fraternidade? Essa é uma das muitas perguntas que O Quadrado lança, a comédia de Ruben Östlund, vencedora da Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Como em Turist (Força Maior), o seu filme anterior, no qual a avalancha de neve não era

uma ameaça real, também em O Quadrado a simulação traz à tona a verdadeira natureza do director do museu, Christian, interpretado por Claes Bang. Na véspera da inauguração de uma nova instalação chamada "The Square", na qual o conceito de que "A Praça" é um espaço onde "todos se devem sentir seguros e felizes e confiar nas pessoas", Christian é assaltado. O roubo da carteira tornará patente o seu lado mais mesquinho, especialmente para aqueles que ele considera intelectual e economicamente inferiores. Contrariado por sentir-se como uma victima, ele cria um plano para localizar o telemóvel. A pesquisa irá revelando uma realidade muito diferente daquela em que normalmente se move: a miséria que também existe nas ruas de Estocolmo. O jogo entre o natural e o artificial, entre a verdade e o simulacro, entre o que se encaixa numa estrutura civilizadora e o que não se encaixa, são os planos nos quais o filme se move. Östlund lembra-nos o que está fora da caixa e fá-lo com enorme graça!

2018

-Prémios Óscar: 

Nomeado Melhor Filme de Língua Estrangeira

-Globos de Ouro

Nomeado Melhor Filme em Língua Estrangeira

-Prémios Goya:

Melhor Filme Europeu

2017 

-Festival de Cannes: 

Palma de Ouro - Melhor Filme

-European Film Awards:  

Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Comédia, Melhor Actor, Melhor Argumento, Melhor Direcção Artística

-Associação de Críticos de Cinema de Chicago: 

Melhor Filme de Língua Estrangeira 

domingo — 29/07/2018

Comédia –GB/FR, 2017  – M/12 – 106 min. V.O. Inglês / Legendado em Português 

Realização: Armando Iannucci · Argumento: Armando Iannucci, David Schneider, Ian Martin, Peter Fellows (BD: Fabien Nury, Thierri Robin) · Fotografia: Zac Nicholson · Com: Steve Buscemi,  Simon Russell Beale,  Jeffrey Tambor.

the-death-of-stalin.jpg

A segunda longa-metragem do escocês Armando Iannucci recria a morte do Presidente da União Soviética, Josef Stalin, ocorrida em 5 de Março de 1953, e a luta pela sucessão que se desenvolveu nos dias subsequentes à sua morte. Esta sátira política é inspirada na BD homónima dos franceses Fabien Nury e Thierry Robin. Armando Iannucci é conhecido pelas suas obras de sátira política, como foi a sua primeira longa-metragem In the Loop, ou pelas suas séries para televisão, como The Thick of It ou, a ainda activa, Veep, que recria o ambiente de uma vice-presidente fictícia dos Estados Unidos e a insanidade permanente da política de Washington.

Este filme já causou um verdadeiro escândalo na Rússia. O Ministério da Cultura da

Rússia cancelou, dois dias antes da data marcada, a estreia desta comédia franco-britânica,

denunciada como ofensiva por cineastas e políticos russos. A Morte de Estaline devolve-nos um género que achávamos perdido, a sátira política, um tema que nos deu filmes maravilhosos no passado, como Duck Soup (Os Grandes Aldrabões), O Grande Ditador ou um mais atual como o Dr. Strangelove ou Como aprendi a parar de me preocupar e a amar a bomba. Todos eles filmes hilariantes!

2018

 - Monte Carlo Film Festival

Melhor Realizador 

- Festival de Cinema de Gotemburgo:

Nomeado Competição Internacional 

- Prémios BAFTA

Nomeado Melhor argumento, Melhor Filme Britânico

2017

-Festival Internacional de Turim: 

Prémio FIPRESCI 

-Festival Internacional de Toronto: 

Nomeado Platform Prize,  Armando Iannucci 

quinta — 19/07/2018

Sessão Especial Filme Musicado ao Vivo por Shaolines del Amor

Tomás Tello & Raúl Gómez  

Ficção Científica – URSS, 1924, 111 min. – M/12 – V.O. em Russo / English Subtitles / Legendado em Português

Realização: Yakov Protazanov · Argumento: Aleksei Fajko, Fyodor Otsep (Romance: Aleksei Tolstoy) · Fotografia: Emil Schünemann, Yuri Zhelyabuzhsky · Com: Yuliya Solntseva, Igor Ilyinsky, Nikolai Tsereteli

 

aelita.jpg

Depois de ter disparado sobre a mulher num ataque de ciúmes, Los decide fugir da Terra para o planeta Marte acompanhado por Gussev e Kratsov. Na chegada, eles são recebidos por Aelita, uma rainha que foi despojada do poder. O governo de Marte, que se tornou instável como resultado de guerras internas, deve enfrentar o crescente descontentamento dos marcianos. Para parar qualquer rebelião, o primeiro-ministro, opositor a Aelita, manda prender Los e os camaradas. A revolução de Marte está em andamento...

O primeiro filme soviético de ficção científica e provavelmente a primeira longa-metragem da história que fala, por completo, de viagens espaciais. Em 1925, Protazanov recebeu, por Aelita, o prémio na exposição internacional de artes decorativas e industriais em Paris. Merecem destaque os trajes construtivistas projetados por Aleksandra Ekster, bem como os cenários construtivistas projetados por Isaac Rabinovich e Víctor Simov. A influência de Aelita pode ser vista em vários filmes subsequentes, incluindo a série Flash Gordon e o filme Metropolis, de Fritz Lang. 

Aelita não pode ficar por mais tempo remetido ao esquecimento!

quarta — 18/07/2018
Custódia Partilhada

Drama – FR, 2017  – M/12 – 93 min. V.O. em Francês / English Subtitles / Legendado em Português 

Realização e argumento: Xavier Legrand ·  Fotografia: Nathalie Durand · Com: Léa Drucker,  Denis Ménochet,  Thomas Gioria.

jusqu_a_la_garde-475692307-large.jpg

A primeira longa-metragem do realizador francês Xavier Legrand é, praticamente, a continuação da sua curta Avant que de Tout Perdre, de 2012, nomeada ao Óscar. Denis Ménochet e Léa Drucker retomam seus papéis como Antoine e Myriam, casal protagonista, ao lado de Mathilde Auneuveux, como a filha mais velha. O filme oscila entre o drama social, o suspense e o thriller, para contar a história de uma criança cujos pais separados partilham a sua custódia. Vítima de um pai ciumento e na ânsia de proteger a sua mãe assediada, Julien fará tudo ao seu alcance para evitar que o pior aconteça. Começa, praticamente como um documentário, com a recriação em tempo real de uma audiência pela custódia de um filho, uma cena excelentemente narrada, com a câmara perto das personagens. Tudo se baseia na tensão e na aproximação à verdade. Legrand brilha não só no desenvolvimento de uma história que nos prende e nos arrasta para um vórtice de terror, mas também no uso de certos elementos formais de filmes de género para transmitir a angústia da terrível ameaça a que mãe e filho estão sujeitos. Os críticos dizem que estamos perante um filme que se situa entre Chabrol e Hitchcock. O facto é que este filme tem recebido imensos prémios e onde estreou obteve aclamação do público. Sem dúvida, é um filme brilhante, actual e necessário!

2018

-Festival de Cinema de Glasgow: 

Nomeado Prémio do Público

-Festival de Cinema de Miami: 

Nomeado Melhor Argumento

2017

-Festival de Veneza: 

Leão do Futuro - Prémio Melhor Primeira Obra, Leão de Prata Melhor Realizador

-Festival Internacional de Cinema San Sebastián: 

Prémio do Público Melhor Filme Europeu

-Festival de Cinema de Filadélfia: 

Nomeado Melhor Primeira Longa-metragem

-Festival Internacional de Cinema de Toronto: 

Nomeado Prémio Platform 

-Festival de Cinema de Zurique: 

Menção Especial Longa-Metragem Internacional

terça — 17/07/2018
A Lagosta

Comédia Dramática, Fantasia, Romance – US/IE/GB/NL/FR/GR, 2015 – M/16 – 118 min. V.O. em Inglês / Legendado em Português 

Realização: Yorgos Lanthimos ·  Argumento: Efthymis Filippou, Yorgos Lanthimos ·  Fotografia: Thimios Bakatakis · Com: Colin Farrell,  Rachel Weisz,  Jessica Barden.

the_lobster-296696696-large.jpg

O filme do grego Yorgos Lanthimos, enquadrado dentro de uma ficção científica muito pessoal, arranca com uma insólita abordagem: encontramo-nos numa sociedade onde os solteiros de A Cidade são detidos e transferidos para O Hotel. Na sua nova residência têm um prazo máximo de 45 dias para encontrar um parceiro amoroso. Se não o conseguirem são transformados em animais e soltados num lugar a que chamam O Bosque. The Killing of a Sacred Deer, o seu último filme, ganhou o prémio de Melhor Argumento no Festival de Cannes (2017), e partilha com os seus filmes anteriores (Canino, Alps e The Lobster), uma estrutura narrativa bem definida e um humor a meio caminho entre a tragédia, a comédia e o absurdo, inspirando-se, sem dúvida, no universo de Kafka. Embora toda a sua obra seja atravessada por um diagnóstico perspicaz da nossa sociedade, com umas personagens distantes e frias, The Lobster tem características únicas. Lanthimos procura a ternura no meio do marasmo do disforme. Essa é talvez a sua mais notável ruptura, onde o grotesco dá lugar à beleza e à ternura. 

Em The Lobster há esperança.

2017 

- Prémios Óscar

Nomeado Melhor Argumento

- Globos de Ouro

Nomeado Melhor Actor 

2016

-Prémios BAFTA

Nomeado Melhor Filme Britânico

2015

-Festival de Cannes

Prémio do Júri

-British Independent Film Awards (BIFA)

Prémio Melhor Actriz Secundária. 7 Nomeações

segunda — 16/07/2018

 

Comédia, Drama – US, 2017, 111 min. – M/14 – V.O. em  Inglês / Legendado em Português

Realização: Sean Baker · Argumento:  Sean Baker, Chris Bergoch · Fotografia: Alexis Zabe · Com: Brooklynn Prince, Bria Vinaite, Willem Dafoe.

the-florida-project-2.jpg

Sean Baker propõe-nos continuar a olhar para as classes excluídas do American Way of Life, como em Tangerine, mas, desta vez, colocando o seu foco na infância de uma criança, Moonee, que mora num motel nos arredores do emblemático país dos sonhos, a Disney World.

O título do filme está relacionado com o projeto urbano que Walt Disney desenvolveu para este lugar, o "Protótipo Experimental da Comunidade do Amanhã": uma cidade ideal para vinte mil residentes. Como morreu antes de os seus planos serem realizados, o EPCOT acabou por tornar-se uma extensão do parque temático da Disney, mas já longe do plano urbano que tinha idealizado. Baker compõe uma bolha visual marcada por cores pastel, que nos remetem para um mundo e imaginário infantis. No entanto, o motel "Magic Castle", onde Moonee e a sua mãe vivem, surge como a vitrine de uma realidade distante do mundo imaginário da Disney.

Sean Baker escolhe este plano de fundo subliminar para retratar o projeto fracassado da Disney com as pessoas reais que lá habitam e fá-lo de uma forma terna e fresca, como é a interpretação de Brooklyn Prince, na personagem de Moonee. Delicioso!

2018

- Prémios Óscar: 

 Nomeado Melhor Actor Secundário

- Globo de Ouro 

Nomeado Melhor Actor Secundário

2017

- Awards Circuit Community Awards

Menção Honrosa

- American Film Institute (AFI)

Top 10 - Melhores Filmes do Ano

- British Independent Film Awards (BIFA)

Nomeado Melhor Filme Independente 

domingo — 15/07/2018
A Paixão de Van Gogh

Biografia, Animação – PL/GB/US, 2017 – M/14 – 95 min. V.O. em Inglês / Legendado em Português 

Realização: Dorota Kobiela,  Hugh Welchman · Argumento: Dorota Kobiela, Hugh Welchman, Jacek Dehnel · Animação: Tristan Oliver, Lukasz Zal · Voz: Douglas Booth, Helen McCrory ,  Saoirse Ronan.

 

lovingvincent.jpg

Loving Vincent é o primeiro filme de animação em óleo de toda a história do cinema!
A narrativa desenrola-se em Paris durante o verão de 1891. Armand Roulin, a mando do seu
pai, o carteiro Joseph Roulin, deve enviar uma carta póstuma de Van Gogh ao seu querido irmão Theo. A sua trajectória tornar-se-á uma espécie de investigação policial.

Dorota Kobiela, que estudou Belas Artes e trabalhou como pintora antes de se dedicar ao
cinema, aventurou-se neste trabalho, fascinada com a leitura das cartas de Van Gogh ao seu
único confidente e irmão Theo. Mais de cem artistas reproduziram em óleo cada um dos fotogramas das cenas filmadas com actores e actrizes em cenários extraídos do trabalho do artista Vincent Van Gogh, que se destacou por ser um autor prolífico, embora em vida não tenha obtido qualquer reconhecimento. O filme provoca um impacto visual extraordinário e sem precedentes até hoje, pois consegue fazer de cada fotograma uma obra de arte em si, até completar a maior galeria “vangoghiana” jamais realizada.

Loving Vincent, certamente, faz com que fiquemos mais apaixonados por Vincent.

2018

- Prémios Óscar: 

Nomeado Melhor Filme de Animação.

- Globos de Ouro: 

Nomeado Melhor Filme de Animação.

- Prémios BAFTA:

 Nomeado para Melhor Filme de Animação.

 

2017

- Prémios do Cinema Europeu: 

Melhor Filme de Animação.

sábado — 14/07/2018
Det Sjunde Inseglet  //// Centenário do Nascimento do Ingmar Bergman

21h30: Apresentação da sessão pelo invesigador de Cinema e Filosofia, António Rebelo, especialista em Ingmar Bergman

Drama, Fantasia – SE, 1957 – M/12 – 96 min. V.O. Sueco, Latim / English Subtitles / Legendado em Português 

Realização: Ingmar Bergman · Argumento: Ingmar Bergman ·  Fotografia: Gunnar Fischer (B&W) · Com: Max von Sydow,  Gunnar Björnstrand,  Nils Poppe

det_sjunde_inseglet_the_seventh_seal-835408772-large.jpg

Comemoramos o centésimo aniversário de Ingmar Bergman com este clássico do cinema universal. Situado na Europa medieval durante o período da peste negra, conta a história da jornada de um cruzado (Max von Sydow) e do jogo de xadrez que ele joga com a Morte (Bengt Ekerot). Bergman desenvolveu o enredo do filme baseando-se numa peça de teatro de sua autoria, intitulada "Pintura sobre painel".

O Sétimo Selo, com uma estética e um discurso de grande beleza, levanta questões sobre o mistério da vida e da morte. Em todo o trabalho de Bergman há uma evidente preocupação de tipo existencialista, uma inquietação com o nada e o sentido da vida. É palpável como o trabalho de Kierkegaard deixou uma profunda impressão em Bergman.

Segundo o realizador, o filme surgiu "contemplando os motivos das pinturas medievais", porém, livre do historicismo medieval. Para Bergman, Det Sjunde Inseglet "é um empreendimento de poesia moderna, que traduz as experiências de vida de um homem moderno... ".

Sem dúvida, um dos melhores filmes da história do cinema!

1957

Festival de Cannes: 

Prémio Especial do Júri (Ex aequo com Kanal)

sexta — 13/07/2018

Comédia dramática – GB, 2017, 71 min. – M/14 – V.O. em Inglês / Legendado em Português

Realização e Argumento: Sally Potter · Fotografia: Aleksei Rodionov · Com: Patricia Clarkson, Bruno Ganz, Cherry Jones

the_party.jpg

A história é muito simples: Janet acaba de ser nomeada secretária do Ministério da Saúde e, para comemorar, convida vários amigos para uma festa na sua casa em Londres. O que parecia ser uma noite feliz, transforma-se num encontro cheio de surpresas. The Party flui com um excelente ritmo, durante os seus 71 minutos. Com um fantástico argumento, inteligente e divertido, Sally Potter remete-nos para a situação social e política da Grã-Bretanha. Tudo a preto e branco. Esta brilhante comédia é gravada em tempo real num apartamento, como uma pequena peça de teatro. Sally Potter será sempre conhecida por Orlando, famoso filme de 1993, baseado no romance homónimo de Virginia Wolf. Potter foi nomeada Oficial da Ordem do Império Britânico em 2012. O elenco de actores é magnífico, com Kristin Scott Thomas, Cillian Murphy, Patricia Clarkson, Emily Mortimer, Timothy Spall e Bruno Ganz. Cada personagem poderia muito bem representar um tipo de político diferente. Uma personagem que nunca aparecerá, mas pela qual todos esperam, é Marianne, que tem qualquer coisa de Rebecca de Hitchcock, a não-imagem do desejo, naquilo que a política ocidental se tornou. Em suma, um filme com uma grande dose de crítica social e com um magnífico humor sarcástico.

2017

- Festival de Berlim: 

Nomeado Melhor Filme

Prémio do Sindicato de Actores para Sally Potter

- British Independent Film Awards (BIFA): 

Melhor Actriz Secundária