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O encenador Rogério de Carvalho, em conversa com Débora Pinho Mateus, falará sobre a sua mais recente peça “O medo devora a alma”, inspirada no filme “ O medo come a alma”, de R.W. Fassbinder.
Lugar : AP Maria Nova Lounge Hotel
Convite: Cockel para público do filme
Realização e Argumento: Rainer Werner Fassbinder
Fotografia: Jürgen Jürges
Com: Barbara Valentin, Irm Hermann, Brigitte Mira, El Hedi ben Salem
Drama/DE/92 min
V.O alemão /Legendas em PT
O único filme de Fassbinder directamente decalcado da obra de Sirk, mais exactamente de "All that Heaven Allows", que Fassbinder transpõe para a Alemanha de começos dos anos 70, radicalizando a diferença de idade entre os dois amantes pelas diferenças culturais e raciais. Mas Fassbinder, evidentemente, não se limitou a transpor a história do filme de Sirk para a Alemanha do seu tempo: “não se é forçado a refazer alguma coisa simplesmente porque ela nos pareceu bela. É preciso tentar contar uma história pessoal, apoiando-se na impressão causada pelo filme”. Cinemateca Portuguesa
Festival de Cannes - Nomeado para a Palma de Ouro, Prémio FIPRESCI, Prémio do Júri Ecuménico.
Festival de Chicago - Melhor Filme
às 18h, Biblioteca Municipal de Faro
Realização: Federico Fellini
Argumento: Federico Fellini, Bernardino Zapponi
Fotografia: Giuseppe Rotunno
Com: Peter Gonzalez, Ana Magnani
Comedia, Drama /IT/128 min
V.O italiano/Legendas em PT
"Roma" é um dos filmes mais autobiográficos de Fellini e, segundo as próprias palavras do realizador italiano, é "o retrato de uma cidade". Fellini ficciona a sua chegada a Roma, em 1936, época em que Mussolini comandava os destinos de Itália. Salta depois para os anos 70 e empreende um percurso pelas ruas da capital italiana, filmando a Roma dos monumentos espectaculares e a Roma de todos os dias, o belo e o decrépito. Através do seu olhar, Roma deixa de ser um postal turístico para se transformar numa metrópole viva, onde cidadãos anónimos - e os habituais personagens do universo feliniano - se cruzam com figuras célebres como Marcello Mastroianni, Anna Magnani, Gore Vidal e o próprio Fellini. PUBLICO
Prémios Bafta - Melhor direção artística
Globos de Ouro - Melhor filme estrangeiro
Às 11h, Cinemas NOS de Tavira
Realização e Argumento: Ana Sofia Fonseca
Documentário, Biografia/PT/2022/94 min
V.O português, crioulo/Legendado em português
Com assinatura de Ana Sofia Fonseca (“Setembro a Vida Inteira”), que se apoia em imagens de arquivo, algumas inéditas, este é um documentário sobre Cesária Évora, a cantora cabo-verdiana que ficou conhecida como “rainha da morna”. Nascida em 1941, no seio de uma família de músicos da cidade de Mindelo (ilha de S. Vicente), começa a cantar, ainda jovem, em bares e em hotéis, encantando o público que a ouve. Com a independência de Cabo Verde (em 1975), depois de um período difícil que a leva à depressão e ao alcoolismo, deixa de cantar durante vários anos. Em 1985, a convite do cantor Bana, proprietário de um restaurante e de uma discoteca em Portugal, acaba por gravar o disco “Cesária” (1987), que passa despercebido. Mais tarde, segue até Paris, motivada pelo empresário francês José da Silva, e é lá que vê reconhecido o seu trabalho. Em 1988, grava “La diva aux pied nus” (que lhe deu o cognome de “diva dos pés descalços”) e, em 1992, o álbum “Miss Perfumado” – onde está incluída a famosa "Sodade", composta por Amândio Cabral –, que a transforma num ícone da “world music”. Com “Voz d’Amor”, editado em 2003, Cesária arrecada o Grammy de Melhor Álbum de World Music Contemporânea. A 23 de Setembro de 2011, comunica a necessidade de abandonar a carreira por conselho médico. Nesse mesmo dia, é internada no hospital de Pitie-Salpetriere (Paris), por ter sofrido mais um AVC. Morre no dia 17 de Dezembro do mesmo ano na sua terra natal, devido a uma insuficiência cardiorespiratória, aos 70 anos. PÚBLICO
As 11h nos Cinemas NOS
Realização e Argumento: Rainer Fassbinder
Fotografia: Michael Ballhaus
Drama/DE/1972/124 min
V.O alemão/Legendas em Português
Um exercício transparente sobre a dinâmica do poder e da submissão de Rainer Werner Fassbinder que constitui uma das tentativas mais bem-sucedidas de apresentar uma peça de teatro, também da sua autoria, no cinema. Em "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant" o autor e realizador faz um estudo sobre a maneira como as relações humanas se constroem e o poder que geram no universo feminino. A história gira em torno de Petra von Kant (Margit Carstensen), uma estilista que vive fechada no seu apartamento com a sua assistente Marlene (Irm Hermann). Debruçada sobre as suas criações e sobre as suas memórias, Petra vive isolada no seu mundo. Karin Thimm (Hanna Schygulla) é o elemento que falta para a relação claustrofóbica que se vai desenvolver entre as três mulheres. Karin é apresentada por uma amiga a Petra, que se deixa imediatamente fascinar por ela. As duas vão manter uma relação amorosa, que não vai durar muito tempo. PÚBLICO
às18 na Biblioteca Muncipal de Faro - António Ramos Rosa
Realização e Argumento: Giuseppe Tornatore
Fotografia: Blasco Giurato
Comédia Dramática/IT/155 min
V.O Italiano /Legendas em PT
Salvatore Di Vitta, um reconhecido cineasta italiano, recebe um telefonema inesperado da sua mãe na Sicília, onde nasceu e cresceu, que lhe dá a conhecer a morte de Alfredo, o projeccionista local que deixava Totó - o diminutivo por qual Salvatore era conhecido - ver todos os filmes que passavam pelo Cinema Paraíso. De alguma forma, Alfredo ocupou o papel de pai de Totó, desaparecido durante a II Guerra, e ofereceu-lhe um mundo de magia que era o seu acolhedor refúgio naqueles dias e que, mais tarde, viria a ser o seu próprio mundo. Agora, Totó tem de voltar à sua terra natal para enterrar o homem que determinou a sua vida e receber o seu último legado. "Cinema Paraíso", de Giuseppe Tornatore, é um dos bastiões do cinema italiano: conquistou em Cannes o Prémio Especial do Júri e a Academia de Hollywood escolheu-o como o melhor filme de língua estrangeira. Um filme nostálgico que encerra uma emotiva homenagem à Sétima Arte. PÚBLICO
Festival de Cannes - Grande Prémio do Júri
Óscar de Melhor Filme Estrangeiro
Globo de Ouro Melhor Filme Estrangeiro
Realização e Argumento: François Ozon
Fotografia: Manuel Dacosse
Animação,Drama/FR,BE/2022/85 min
V.O Francês/Legendado em Português
Peter Von Kant (Denis Ménochet) é um realizador famoso que vive com Karl (Stéfan Crépon), seu assistente, que não se coíbe de maltratar. Um dia, Sidonie (Isabelle Adjani), uma actriz sua amiga, apresenta-lhe o belo Amir (Khalil Gharbia), um rapaz de origens humildes por quem depressa Peter se encanta e a quem convida para se mudar para sua casa. Perdido de amores, o realizador usa o seu prestígio e influência para lançar a carreira de Amir. Mas ele afasta-se do seu mentor assim que ele se torna célebre, deixando-o despedaçado.
Escrito e dirigido pelo francês François Ozon – o aclamado realizador de "Sob a Areia", “8 Mulheres”, "Swimming Pool", "O Tempo Que Resta", "Dentro de Casa", “O Amante Duplo” ou “Verão de 85” –, este drama é uma adaptação livre da obra "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant" (1972), de Rainer Werner Fassbinder. A título de curiosidade, Hanna Schygulla, a actriz que dá vida a Rosemarie von Kant, mãe do protagonista neste filme, desempenhou a personagem Karin Thimm, amante de Petra, no filme de Fassbinder. PÚBLICO
Convocatória aberta
Rising Cinema: Uma Nova Geração de Embaixadores do Cinema Europeu
Queres saber como ver um filme com visão crítica, como falar sobre ele, como fazer uma crítica e como programar um ciclo de cinema? Se tens até 21 anos inscreve-te ! Totalmente gratuito !!
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“ Rising Cinema : Uma nova geração de embaixadores do cinema europeu “ é um programa europeu que acontecerá simultaneamente em Faro, no Porto e em Kaunas (Lituânia). Os três grupos visionarão um conjunto de filmes, sobre os quais se vão realizar podcasts de crítica cinematográfica e a escrita de artigos, de forma a partilhar e contrastar as diversas experiências de visionamento. Durante 6 meses (11 workshops; 11 sessões de cinema; 52 horas), com orientação de profissionais, terás a oportunidade de aprender sobre história do cinema, escrita criativa, estética, composição, entre outras temáticas com o objectivo de aprenderes a programar cinema.
Junta-te a nós!
Às 11h nos Cinemas NOS
*** Festa Alvaro de Campos
Realização e Argumento: João Botelho
Fotografia: João Ribeiro
Drama/PT/2020/
V.O Português
Depois de 16 anos a viver no Brasil, Ricardo Reis chega a Lisboa, debaixo de chuvas torrenciais, no dia 29 de Dezembro de 1935. Instalado no Hotel Bragança, na Rua do Alecrim, assiste ao desenrolar de um tempo particularmente sombrio na Europa, marcado pelos horrores do fascismo de Mussolini, pelos ideais nazis de Hitler, pela terrível Guerra Civil espanhola e, em Portugal, pelo autoritarismo salazarista do Estado Novo. Depois de uma visita à sepultura de Fernando Pessoa (Reis é, na realidade, uma personagem surgida da heteronímia de Pessoa), o fantasma do poeta faz uma série de aparições no quarto de Reis onde, durante meses, ambos se perdem em reflexões sobre a vida, o país e o mundo.</div><div>Escrito em 1984, por José Saramago, prémio Nobel da literatura em 1998, “O Ano da Morte de Ricardo Reis” é agora adaptado ao cinema por João Botelho ("A Corte do Norte", "Filme do Desassossego", "Os Maias" ou “Peregrinação”). Com o brasileiro Chico Díaz a encarnar Ricardo Reis e Luís Lima Barreto a assumir o papel de Fernando Pessoa, o elenco conta também com a participação de Catarina Wallenstein, Rui Morisson, Victoria Guerra, Marcello Urgeghe e Hugo Mestre Amaro. PÚBLICO
às 11h nos Cinemas Nos de Tavira
Realização e Argumento: Cristèle Alves Meira
Fotografia: Rui Poças
Drama/PT,BE,FR/2022/85 min
V.O Português
Desde sempre que a pequena Salomé, filha de emigrantes portugueses em França, passa as férias de Verão na aldeia da sua família, em Trás-os-Montes. Ela e a avó, tida como bruxa pelos outros habitantes da aldeia, têm uma ligação muito próxima. Mas quando a velha senhora morre subitamente ao seu lado, a menina começa a sentir o espírito dela dentro de si e quase mata uma das vizinhas, que julga ser responsável pela sua morte.
Produzido pela Midas Filmes em co-produção com França e Bélgica, e estreado na Semana da Crítica, do Festival de Cinema de Cannes, “Alma Viva” marca a estreia em realização de longa-metragem da luso-descendente Cristèle Alves Meira – já conhecida pelas curtas “Campo de Víboras” (2016) e “Invisível Herói” (2019), ambas estreadas em Cannes. A história, apesar de ficcional, contém diversos elementos biográficos e tenta fazer um retrato da cultura transmontana através dos olhos de uma criança. Filmado, durante o Verão de 2021, em Junqueira, no concelho de Vimioso (de onde é originária parte da família de Cristèle), este drama conta com as actuações de Ana Padrão, Lua Michel (filha da realizadora), Pedro Lacerda, Valdemar Santos e vários actores não profissionais, residentes na localidade. PÚBLICO
às 11h no Cinemas NOS
Realização e Argumento: Lucrecia Martel
Documentário/AR/2021/37 min
V.O Espanhol/Legendado em Português
Durante o confinamento de 2020, Lucrecia Martel volta para a sua terra natal, em Salta, uma região conservadora da Argentina. Lá, acompanha Julieta Laso, que, como uma musa, a introduz a um grupo de mulheres artistas que desafiam a opinião dos outros em volta das fogueiras. Neste documentário, Martel aprofunda a voz sedutora de Julieta. O “eu” da protagonista abre-se para o encontro de vozes e corpos destoantes que a câmara nunca se cansa de acompanhar. O resultado é uma homenagem a uma comunidade que, apesar de temporária, serve como antídoto para a pandemia. Texto: Doclisboa